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Linh parou no meio do corredor. Pausou os seus pensamentos confusos e revoltados e então respirou fundo.
- Chega Linh! Não esqueça o seu papel aqui! Então... Vou acordá-los!
Confiante, a garota foi com rápidos passos até a porta de um dos quartos e parou por um instante antes de bater e chamar:
- Hizumi-san!!! Acorde, por favor! Não podemos nos atrasar!
De dentro do quarto, Hizumi se mexia instintivamente, como se estivesse acordando, mas planejasse voltar a dormir.
- Ahh... Tsukasaa... Por que sua voz está tão feminina?!! Me deixe dormir mais um pouco, que irritante...
Do lado de fora, Linh se constrangia.
- Eto... Não é o Tsukasa-san! É Linh. Você precisa acordar Hizumi-san, sinto muito!
Hizumi saltou da cama como se levasse um susto, olhou para os lados e respirou antes de responder:
- Ah, é verdade! É verdade! Só estava brincando... Hehehe! Sinto muito! Já estou levantando!
- Droga... Será que todos se esqueceram de mim? – pensou Linh.
O próximo quarto era o de Zero, Linh se aproximou lentamente da porta e assim que deu a primeira batida já ouviu:
- Estou acordado! Não se incomode... – respondia Zero.
Linh baixou o olhar, sentindo que poderia estar sendo inconveniente, ou se perguntando se Zero acordava de mau-humor. Bom, de toda forma, o próximo quarto seria um desafio que talvez ela não fosse capaz de vencer.
Linh se aproximou da porta do quarto de Karyu, logo ao lado do seu, e estremeceu de pavor, encarando tal porta como se esta fosse muito maior do que realmente é, e o portal de um Deus muito perigoso, ou de um vilão daqueles mais tenebrosos. E naquele instante, Linh ficou dividida entre a coragem e a covardia. Batia ou não batia? Chamava ou não chamava?
- Noway... – pensava ela – Vou pedir para o Tsukasa-san...
Apesar de pensar em alguma possibilidade, Linh não saiu do lugar. Olhou mais uma vez para a porta e novamente estremeceu-se.
- Eto...
Não teria jeito. Linh ainda não era capaz de fazer aquilo. Foi então que pensou que a melhor coisa a ser feita naquele momento, era desistir. Mas não esperava ela que logo após tomar essa decisão, porém antes de dar as costas para a porta do quarto de seu algoz, este – "Ele" mesmo – a abrisse subitamente, levando a garota à um grande choque.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! – gritou ela como se tivesse tomado o maior susto de sua vida.
- Xxiiiiiu!!! – dizia Karyu – Assim vai acordar todos os andares!
Linh ficou imóvel. Karyu estava parado na porta e bem a sua frente, a meio passo de distância. Ele vestia roupas despojadas, como regata branca, calça jeans preta e cinto de couro, o sapato deveria ser um coturno preto. Em seu pescoço também havia uma corrente com um pingente estranho no formato de uma cruz. Ele olhou para a garota que tremendo de medo hesitava encará-lo, e então deixou que o silêncio perdurasse por alguns instantes!
- É... Bem, como eu posso di... Dizer...
Linh tentava se explicar mantendo a cabeça baixa e a voz trêmula. Suas mãos, igualmente trêmulas, seguravam-se uma a outra demonstrando um aparente nervosismo. Karyu ficou apenas esperando enquanto a observava.
- E... Eu... Eu estava... Estava... Estava limpando a sua porta! – concluiu ela finalmente conseguindo olhar para Karyu.
Nesse mesmo instante, após ter ficado perplexo, Karyu começou a rir.
- Huhauahuahuahauhauha!! Noway... Hhauah... Huahauahuahauha!!
Linh olhou para ele e não soube o que dizer a princípio, mas ficou sem jeito.
- O que foi mesmo que você disse? "Limpando a sua porta", foi isso?
- Si... Sim! – respondeu ela com medo.
- E com o quê?
Linh arregalou os olhos e começou a olhar para si, procurando por algo.
- Bom, sobre isso... Eu... Eu...
A garota não resistiu a tanta pressão e logo falou de uma vez:
- Tá legal, foi uma péssima desculpa!! Mas por que está fazendo isso? Você sabe muito bem o que eu pretendia fazer, precisa me torturar desse jeito?! Acaso é um sádico desalmado que gosta de ver o sofrimento das pessoas que o temem?! Isso foi muito cruel entendeu?! Por tanto eu espero que...
Linh arregalou os olhos e imediatamente tapou sua boca com as duas mãos. Karyu estava absurdamente surpreso.
- Céus... O que eu estou fazendo? – murmurou ela.
- Então... O que você espera?
Foi automático, Linh começou a tremer, baixou mais uma vez a cabeça e o olhar, e instintivamente saiu correndo.
- {Linh... Sua burra, burra, burra!! Limite suas emoções!! O que diabos deu em você?!! E justo com ele! Justamente com ELE! Droga, agora sim é que eu nunca deixarei de ter medo dele!! Mas muito me admira eu ter tido tanta coragem... Droga! Isso é impossível! Embora pareça um sonho, não vou conseguir durar uma semana como assistente.}
Uma hora depois...
- Fanservice? As nove da manhã? – dizia Zero enquanto mexia na fivela de seu cinto.
- É... Na verdade também temos que acertar alguns detalhes sobre o Chikashitsu no dia 20 no Takadanobaba e dia 26 em Kyoto.
- Oh... "Home, Sweet Home"!! Estava ficando com saudades de tocar no Takadanobaba... – dizia Hizumi.
- É... Lá é o nosso point... – reforçou Karyu.
Não muito de repente, Linh começou a rir.
- Ora... O que será agora? – questionava o baterista.
- Me lembrei de algo bem nostálgico... – respondeu a garota ainda rindo.
- Do que você se lembrou? – perguntou Zero intrigado.
- Maio de 2000, Takadanobaba AREA...
- Noway... Não me diga que você... – dizia o baixista surpreso.
- Você era uma das DEZ pessoas que estavam lá?!!! – completou Hizumi tão surpreso quanto os outros três.
- Hauhuahauahuah... Ya ya!! – respondeu a assistente ainda rindo.
- Isso é incrível... – dizia Zero incrédulo.
- É uma honra! – disse o guitarrista piscando distante.
- E como!! – Hizumi se levantou e foi na direção de Linh e a abraçou! – É mesmo muito emocionante poder estar com uma das dez pessoa que estavam lá no nosso primeiro show!
- Ah, que isso... – dizia a assistente sem graça em seguida sendo libertada do abraço de Hizumi.
Em seguida veio Zero e depois Tsukasa, ambos a abraçaram assim como Hizumi, também estavam eles bem surpreendidos e a garota ficava gradativamente sem jeito.
Depois que Tsukasa a abraçou, todos olharam para Karyu e o silêncio se fez com um clima um tanto incômodo. Karyu olhou para Linh e disse:
- Quer tentar? – referia-se ele a dar um abraço assim como os outros três fizeram.
A garota olhou para o guitarrista seriamente e depois para os outros três que ficavam em silêncio. Linh não sabia o que responder.
- Eto...
Linh parou no meio do corredor. Pausou os seus pensamentos confusos e revoltados e então respirou fundo.
- Chega Linh! Não esqueça o seu papel aqui! Então... Vou acordá-los!
Confiante, a garota foi com rápidos passos até a porta de um dos quartos e parou por um instante antes de bater e chamar:
- Hizumi-san!!! Acorde, por favor! Não podemos nos atrasar!
De dentro do quarto, Hizumi se mexia instintivamente, como se estivesse acordando, mas planejasse voltar a dormir.
- Ahh... Tsukasaa... Por que sua voz está tão feminina?!! Me deixe dormir mais um pouco, que irritante...
Do lado de fora, Linh se constrangia.
- Eto... Não é o Tsukasa-san! É Linh. Você precisa acordar Hizumi-san, sinto muito!
Hizumi saltou da cama como se levasse um susto, olhou para os lados e respirou antes de responder:
- Ah, é verdade! É verdade! Só estava brincando... Hehehe! Sinto muito! Já estou levantando!
- Droga... Será que todos se esqueceram de mim? – pensou Linh.
O próximo quarto era o de Zero, Linh se aproximou lentamente da porta e assim que deu a primeira batida já ouviu:
- Estou acordado! Não se incomode... – respondia Zero.
Linh baixou o olhar, sentindo que poderia estar sendo inconveniente, ou se perguntando se Zero acordava de mau-humor. Bom, de toda forma, o próximo quarto seria um desafio que talvez ela não fosse capaz de vencer.
Linh se aproximou da porta do quarto de Karyu, logo ao lado do seu, e estremeceu de pavor, encarando tal porta como se esta fosse muito maior do que realmente é, e o portal de um Deus muito perigoso, ou de um vilão daqueles mais tenebrosos. E naquele instante, Linh ficou dividida entre a coragem e a covardia. Batia ou não batia? Chamava ou não chamava?
- Noway... – pensava ela – Vou pedir para o Tsukasa-san...
Apesar de pensar em alguma possibilidade, Linh não saiu do lugar. Olhou mais uma vez para a porta e novamente estremeceu-se.
- Eto...
Não teria jeito. Linh ainda não era capaz de fazer aquilo. Foi então que pensou que a melhor coisa a ser feita naquele momento, era desistir. Mas não esperava ela que logo após tomar essa decisão, porém antes de dar as costas para a porta do quarto de seu algoz, este – "Ele" mesmo – a abrisse subitamente, levando a garota à um grande choque.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! – gritou ela como se tivesse tomado o maior susto de sua vida.
- Xxiiiiiu!!! – dizia Karyu – Assim vai acordar todos os andares!
Linh ficou imóvel. Karyu estava parado na porta e bem a sua frente, a meio passo de distância. Ele vestia roupas despojadas, como regata branca, calça jeans preta e cinto de couro, o sapato deveria ser um coturno preto. Em seu pescoço também havia uma corrente com um pingente estranho no formato de uma cruz. Ele olhou para a garota que tremendo de medo hesitava encará-lo, e então deixou que o silêncio perdurasse por alguns instantes!
- É... Bem, como eu posso di... Dizer...
Linh tentava se explicar mantendo a cabeça baixa e a voz trêmula. Suas mãos, igualmente trêmulas, seguravam-se uma a outra demonstrando um aparente nervosismo. Karyu ficou apenas esperando enquanto a observava.
- E... Eu... Eu estava... Estava... Estava limpando a sua porta! – concluiu ela finalmente conseguindo olhar para Karyu.
Nesse mesmo instante, após ter ficado perplexo, Karyu começou a rir.
- Huhauahuahuahauhauha!! Noway... Hhauah... Huahauahuahauha!!
Linh olhou para ele e não soube o que dizer a princípio, mas ficou sem jeito.
- O que foi mesmo que você disse? "Limpando a sua porta", foi isso?
- Si... Sim! – respondeu ela com medo.
- E com o quê?
Linh arregalou os olhos e começou a olhar para si, procurando por algo.
- Bom, sobre isso... Eu... Eu...
A garota não resistiu a tanta pressão e logo falou de uma vez:
- Tá legal, foi uma péssima desculpa!! Mas por que está fazendo isso? Você sabe muito bem o que eu pretendia fazer, precisa me torturar desse jeito?! Acaso é um sádico desalmado que gosta de ver o sofrimento das pessoas que o temem?! Isso foi muito cruel entendeu?! Por tanto eu espero que...
Linh arregalou os olhos e imediatamente tapou sua boca com as duas mãos. Karyu estava absurdamente surpreso.
- Céus... O que eu estou fazendo? – murmurou ela.
- Então... O que você espera?
Foi automático, Linh começou a tremer, baixou mais uma vez a cabeça e o olhar, e instintivamente saiu correndo.
- {Linh... Sua burra, burra, burra!! Limite suas emoções!! O que diabos deu em você?!! E justo com ele! Justamente com ELE! Droga, agora sim é que eu nunca deixarei de ter medo dele!! Mas muito me admira eu ter tido tanta coragem... Droga! Isso é impossível! Embora pareça um sonho, não vou conseguir durar uma semana como assistente.}
Uma hora depois...
- Fanservice? As nove da manhã? – dizia Zero enquanto mexia na fivela de seu cinto.
- É... Na verdade também temos que acertar alguns detalhes sobre o Chikashitsu no dia 20 no Takadanobaba e dia 26 em Kyoto.
- Oh... "Home, Sweet Home"!! Estava ficando com saudades de tocar no Takadanobaba... – dizia Hizumi.
- É... Lá é o nosso point... – reforçou Karyu.
Não muito de repente, Linh começou a rir.
- Ora... O que será agora? – questionava o baterista.
- Me lembrei de algo bem nostálgico... – respondeu a garota ainda rindo.
- Do que você se lembrou? – perguntou Zero intrigado.
- Maio de 2000, Takadanobaba AREA...
- Noway... Não me diga que você... – dizia o baixista surpreso.
- Você era uma das DEZ pessoas que estavam lá?!!! – completou Hizumi tão surpreso quanto os outros três.
- Hauhuahauahuah... Ya ya!! – respondeu a assistente ainda rindo.
- Isso é incrível... – dizia Zero incrédulo.
- É uma honra! – disse o guitarrista piscando distante.
- E como!! – Hizumi se levantou e foi na direção de Linh e a abraçou! – É mesmo muito emocionante poder estar com uma das dez pessoa que estavam lá no nosso primeiro show!
- Ah, que isso... – dizia a assistente sem graça em seguida sendo libertada do abraço de Hizumi.
Em seguida veio Zero e depois Tsukasa, ambos a abraçaram assim como Hizumi, também estavam eles bem surpreendidos e a garota ficava gradativamente sem jeito.
Depois que Tsukasa a abraçou, todos olharam para Karyu e o silêncio se fez com um clima um tanto incômodo. Karyu olhou para Linh e disse:
- Quer tentar? – referia-se ele a dar um abraço assim como os outros três fizeram.
A garota olhou para o guitarrista seriamente e depois para os outros três que ficavam em silêncio. Linh não sabia o que responder.
- Eto...
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